Shubhendu Amitabh, chairman do Comitê América Latina e Caribe da Confederação das Indústrias Indianas – promotora do India Show, que começou hoje em São Paulo com a participação de 50 empresas do país asiático – disse que a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas do Rio, em 2016, podem ser vetores de crescimento da relação entre os dois países. Para ele, a meta do governo indiano é atingir, ainda este ano, um total de US$ bilhões na balança comercial. A cooperação entre India e Brasil ainda é pequena, mas seu crescimento é contínuo, segundo Amitabh.

Da esquerda para direita, Vinod Sachdeva, encarregado de negócios da embaixada da India, Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, e Shubhendu Amitabh, chairman do comitê américa Latina e caribe da confederação das indústrias indianas

Acaba de iniciar, em São Paulo, a primeira edição do India Show, feira de exposições e rodada de negócios que reúne cerca de 50 empresas do setores de óleo, gás, autopeças, farmacêutico, agronegócio e ciência & tecnologia.

O evento, que segue até segunda, dia 14, é integrado, ainda, por atrações culturais. A entrada é franca e o credenciamento deve ser feito pelo site http://www.indiashow.com.br/.

Apesar de a Índia ter 300 milhões de pessoas com alto poder aquisitivo, o Brasil ainda não voltou sua atenção para o grande potencial de compra daquele país. O Brasil não está entre os dez mercados que mais exportam produtos para a Índia. As oportunidades de ampliar as relações comerciais entre os dois países são muito grandes, razão pela qual a Confederação das Indústrias Indianas realiza, de 11 a 14 de março, a feira Índia Show, em São Paulo. Um dos focos de interesse do país asiático – que tem 68% de seus mais de 1,2 bilhão de habitantes morando no campo e enfrenta problemas de alimentação – é o agronegócio e o processamento de alimentos.

O seminário Latin America Conclave abre a feira India Show no dia 11 de março, no Expo Transamérica, em São Paulo, com o objetivo de fomentar o debate sobre as oportunidades de negócios da Índia na região. Na segunda-feira (14/3), está programada rodada de negócios, que vai reunir representantes da indústria nacional e expositores indianos. “A India Show é um tradicional evento multi setorial que conta com o apoio da Embaixada da Índia no Brasil, Consulado Geral, Ministério da Indústria e Comércio e o governo do país asiático”, registra Rogério Hamam, da R. Hamam Eventos, responsável pela organização da feira.

A relação bilateral Brasil Índia deve incentivar o aporte de capital em importantes setores da indústria, com destaque para infraestrutura. O Brasil tem interesse principalmente na área de logística, por conta do Pré-Sal, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas do Rio em 2016.

De olho no programa de investimento de US$ 1 trilhão do governo da Índia para os próximos cinco anos, a Confederação das Indústrias Indianas (CII) faz um movimento positivo para estimular projetos de cooperação com o empresariado brasileiro ao promover, em São Paulo, a feira India Show, de 11 a 14 de março, no Expo Transamérica. Com enormes complementaridades e situações sócio-econômicas similares, há um grande escopo para parcerias. “Os exemplos de sucesso na Índia como Marcopolo, Gerdau, Embraer e Weg podem e devem ser seguidos”, afirma B. S. Prakash, Embaixador da Índia no Brasil.

Em médio e longo prazos, as verdadeiras oportunidades estão em estabelecer joint ventures, na compra de empresas ou no desenvolvimento de greenfields. “Ao desenvolvermos trabalhos em cooperação, poderemos ser efetivamente players internacionais”, acredita o Embaixador.

O cenário econômico favorável vivido atualmente por Índia e Brasil incentivou a intenção de ampliar a relação comercial entre os países, com a realização da feira India Show, com início marcado para a próxima sexta-feira (11/3).

Segundo Roberto Paranhos do Riobranco, presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia, a incerteza econômica nos Estados Unidos e na Europa, com alta taxa de desemprego e turbulência financeira, confirma uma transformação profunda na economia mundial. “Pela primeira vez, os emergentes receberam mais investimentos que os ricos. O Brasil, por exemplo, superou até a China na taxa de expansão de investimentos diretos do exterior e a Índia deve crescer 10% neste ano”, contextualiza.